domingo, 28 de novembro de 2010

A culpa é sua


Foi você quem gravou seu olhar em minha mente, e seu sorriso. Tentava disfarçar, percebendo o meu próprio disfarce em não querer ser percebida no meu olhar. Sorri. Não mais fui olhada. Sua cabeça agora estava baixa, e a minha erguida a te procurar quando por mim passara.

Na manhã seguinte, eu poderia ter acordado não pensando em você, mas não foi o que aconteceu.
E a culpa é sua, e de seus olhos e de seu sorriso.

Aprendi, com a vida


Os medos que por mim correm parecem ser de movimento perpétuo, nunca se eximem a parar, deixar de me contornar. Caio, desequilibrada, entorpecida em olhar meus próprios temores entrelaçados á minha frente. Em cada tombo observo-me, buscando forças para levantar. Enfraquecida, só não vejo-me mais perdida porque aprendi, com a vida, a manter-me erguida, levantar-me quando caída, e seguir em frente, não fingindo-me despercebida, mas desatando, ou pelo menos tentando desatar, aqueles nós de anteriormente.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Apenas vivida

Tão simples, tão difícil de ser entendida
Tão óbvia a nossos olhos
Mas tão não compreendida é a vida
Ela é o vento, e o frio, e o calor
É a flor que desabrocha no campo
E é o campo e a cidade
A terra, barro, e o asfalto
E são os carros e as casas
A televisão, o rádio e a cama
E os irracionais, e nós, pessoas
Seres humanos
Tudo isso se completa, e descompleta
Quando tentamos dizer o que é a vida
Mistério, curiosidade repassada pelos séculos
Hoje somos tudo isso, e amanhã não somos mais
Somos pó e ao pó voltaremos
Então, nunca deixaremos de ser isso
ou então, nunca fomos nada?!
Difícil de ser explicada
Mais fácil é dizer então que apenas deve ser vivida
É isso! Bingo!
Ela não precisa ser entendida, compreendida ou explicada
Apenas, viva a vida e mais nada.

Descobrindo o mundo, descobrindo a mim mesma

Temo que, diante dos olhos imparciais que nos cercam, pessoas boas por completo sejam quase impossíveis de se encontrar. Ultimamente tenho tomado lições por mim mesma, reflexos estranhos de coisas que assim não as ví ao emití-las. Algo escuro e frio tenta tomar a nitidez de minha visão, como nuvens em dias de inverno tapando o céu azul claro do outono anterior. O conflito porém, é entre eu e eu mesma. Talvez essa escuridão só me deixe mais íntima do meu íntimo, o qual preciso moldar. A luz que falta deve aparecer assim que eu reconhecer o mundo em que vivo, perceber que minha bondade nem sempre vai ser a do meu vizinho, do meu amigo, do meu conhecido. Os fatos, já há algum tempo, me faziam começar a perceber a diversidade de pensamentos em que vivo imers;, perceber o mundo, assim misturado, assim heterogêneo, assim polifásico. E agora, ainda mais, vejo o quanto as opiniões a meu próprio respeito rondam mais concorrentes que paralelas. Nunca serei para um alguém aquilo que sou para um outro. Nunca serei para todos aquilo que realmente intenciono ser. Nunca serei completa, mas moldável aos olhos curiosos e atentos que me observam. Ainda que eu tente, e me culpe, e me preocupe com aspectos tão mínimos, pequeninos, observando ser uma pessoa boa o bastante para agradar aos muitos que me rodeiam e ligam-se a mim, seja por meio de uma simples oi ou por meio de uma amizade de anos, não adianta! eu nunca serei boa para todos esses, eu nunca conseguirei não ser taxada de erro.
Ainda assim, posso ver um raio de luz, algum claro corta essa escuridão. Pela minha fé, sendo essa a preenchedora de todas as lacunas que viriam, em sua ausência, a listrar o meu ser, e a vinculadora de minha paz e paciência interior, digo que essa luz só pode ser Jesus. Convicta disso, só sinto que Ele, mesmo sendo Ele, ilumina-me dizendo algo tão óbvio e simples: "Nem eu consegui agradar a todos"

Faço minha parte, penso. E um suspiro de quase alívio me deixa deitar e dormir bem.

domingo, 14 de novembro de 2010

Presa a você, amor


Ah, amor improvável, que nos mais distantes sonhos se instala, toma o espaço da mente, insesantemente se apossa dos meus pensamentos diários. Tão inocente eu caio nas tuas lábias e ditos, ou nos teus olhares disfarçados e tua cabeça baixa, ou erguida, tanto quanto minha própria cabeça que não baixa pra não perder nenhum movimento que faças, admito. Tão iludida me torno quando vejo teus sinais, os mais simples que sejam. Quando menos espero, ou talvez quando já espero, me vejo presa a você. O que fazer? nada, apenas aceitar, deixar-se correspondida, amar.

Não, eu ainda não te esqueci


Imagine! Eu pensei que havia te esquecido, que você não significava mais nada para mim senão um ex grande amor, ou um possível futuro grande amigo, pois a mágoa da tua negativa foi tão profunda, que nem SÓ amigo acho que somos mais; mas ultimamente, e acentuando meu orgulho a seu respeito, digo ultimanente, a uns dois ou três dias atrás, tenho pensado tanto em você. Eu, que achava que não lembrava de mais nada que antes te lembrava, mas me recordo bem do seu cheiro, do seu beijo, do seu abraço, do seu sorriso lindo, talvez o mais lindo que eu já tenha visto até hoje, das suas idiotices, e quantas delas! e de seus defeitos, mas nada que me faça esquecer os momentos, digo, os poucos, em que estivemos juntos. Agora sinto uma saudade, uma saudade tão grande de ti e de ti ouvir pedir com uma voz suave ao meu ouvido para repetir as inocentes palavras que me fizeram infantil em nosso primeiro encontro...
Se tudo não tivesse acabado daquela forma em que meu coração em mil, ou porque não em infinitos, pedaços foi quebrado pelas tuas palavras tão breves e frias, muito frias e subtamente dolorosas, eu poderia jurar que hoje seriamos um casalsinho, ou pelo menos, ainda amigos.


'Naquele dia, eu só escutei, ouvi comentários que você estaria alí, meu coração disparou, foi inevitável, e eu te procurei na fila de entrada, tentando enganar aos outros e a mim mesma disfarçando a minha ansiedade em te ver. Não te encontrei, mas naquele momento, tive certeza que não te esqueci.'

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Leia, guarde, faça, isso!


Você acha que está só / mas não se deixe enganar / não se deixe levar / por sentimentos tão aflitos / Não arme, para si mesmo, conflitos / quando nada está perdido / Olhe ao seu redor/ veja! tem pessoas querendo te ajudar;

Deixe o amor falar mais alto / Deixe solta a vontade de viver / Lembre de Deus e de tudo o que há de bom / Não deixe a inveja lhe conter / Você é muito mais do que possa parecer;

Não se desespere, mas espere / Tenha calma, tudo dará certo / A sua vida pede paciência / para organizar a sua consciência / fazer ela notar que / as pessoas que lhe estendem a mão / são seus amigos e te adoram / e só querem te ajudar;

Deixe agora que a bondade fale mais alto / traz do fundo o ar para respirar / a vontade de viver, deixe-se soltar / e não permita que a tua ajuda te escape / mas a acolha e a use / é o melhor a se fazer.

De mês em mês

A cada página destacada do mini calendário na geladeira...
a certeza de um ano que se passa, a alegria de muita coisa feita, a culpa de muita coisa que devia ter sido feita, o medo de chegar ao final sem aproveitar todo o tempinho que resta para fazer aquilo que se tem a fazer, mas sempre a esperança em dias melhores, em um mês melhor para se conseguir, melhor, aquilo que se quer.
Sim, ainda dar tempo, basta querer.